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Ensina-nos A Orar

Lucas 11:1-4

         “Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. Ao que ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós  perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos deixes entrar em tentação.”

I.       Introdução

A.    No contexto de nosso texto precisamos entender que quem pediu para ser ensinado orar foi um judeu, uma pessoa religiosa. Era possível que era também discípulo de João Batista, pois, caso contrário não teria conhecimento do ensinamento de João acerca da oração. Apesar destes dois fatores ainda achou necessário ser ensinado a orar.

B.     Ninguém nasce sabendo orar. Alguém precisa o ensinar orar, pais, líderes religiosos etc. Crianças podem começar com orações repetidas após os pais, ou com orações decoradas, mas logo devem ser encorajadas a se expressarem a Deus com suas próprias palavras, em conversa franca e sincera com Deus. 

C.     Estes discípulos podiam ter plena confiança que sabiam orar até ouvirem Jesus orar, e assim perceberam que havia uma grande diferença entre as orações Dele e as deles. Percebendo uma forma melhor de orar, uma efetividade maior e uma intensidade sublime, queriam saber os segredos de oração de Jesus. 

D.    Seríamos muito mais felizes, e quem sabe, mais sucedidos, humilhando-nos ao ponto de pedir ajuda, e o ensinamento da Palavra de Deus por quem sabe ensinar.

E.     Alguns anos atrás estava frustrado com minhas orações, e finalmente me humilhei e pedi  para um pastor muito experiente orar por mim com a imposição de mãos para que eu pudesse ter mais liberdade nas minhas orações. Algo quebrou dentro de mim aquela noite e desde então minhas orações tem sido muito diferente, mais intensas, mais guiadas pelo Espírito e, portanto, mais eficazes.

F.      Algumas pessoas e pastores simplesmente tem parado de orar e não tem o hábito de orar e buscar a presença de Deus, e basicamente creio que isto aconteceu por causa da frustração de não sentir a intimidade de oração, de não sentirem-se ouvidos e não receberem as respostas esperadas.

G.    Nesta mensagem quero com a ajuda do Senhor passar para as pessoas que se encontram frustradas com sua vida de oração alguns dos segredos que encontramos na Palavra de Deus. Não são mistérios, pois estão na Palavra diante de nossos olhos, mas como o eunuco Etíope disse: “Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar?”

II.      De Acordo com a Palavra de Deus o Orar É Um Dever

A.    “Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer.” (Lucas 18:1-8)

B.     Entendemos que o orar é um privilégio bem como um dever. Deve de ser um dever no qual temos um intenso prazer. Eis o nosso alvo: prazer em conversar com Deus e ouvir enquanto Ele fala conosco.

III.    Quando Orardes - O que Não Deve Fazer (Mateus 6:5-15)

A.    É interessante que Jesus não disse: “Se orardes”, mas “Quando orardes.” É subentendido que aquele que serve a Deus vai orar.

B.     Agora vamos considerar algumas coisas que não devemos fazer ao orar.

   v. 5 – Não seja como os hipócritas

   Como foi que eles oraram? Em pé nas sinagogas, nas esquinas das ruas, com o propósito de ser visto pelos homens.

C.     Jesus deixou claro que eles tiveram sua recompensa que era algo banal, a vanglória dos homens. Esta recompensa é carnal, pouco duradoura não reconhecido no céu, e a oração não respondida porque era oferecida somente para receber a vanglória.

IV.     Quando Orardes – O que Deve Fazer (v.6)

A.    Entrar no teu quarto

B.     Fechar a porta

C.     Orar em secreto

   Deus vê em secreto

   Ele recompensará em público

D.    Não usar vãs repetições

E.     Não pensar que por muito falar (ou falar alto) (ou bater nos móveis) (ou se auto flagelar) será ouvido e atendido

F.      Descartar o exemplo de pessoas que assim fazem.

V.    Agora Estudaremos a Oração Modelo (Leia Mateus 6:5-15)

A.    Pai nosso. Nota que este início de oração coloca Deus num relacionamento pessoal com sua criação: Pai nosso. Versículo 6 usa o termo “teu Pai” duas vezes e o versículo 8 usa o termo “vosso Pai”. Tudo se refere a um relacionamento pessoal.

B.     Deus quer um relacionamento pessoal conosco e não impessoal.

    Impessoal = 1. Que não existe como pessoa, que não possui atributos de pessoa 2. Que não pertence ou não se refere a uma pessoa em particular 3. Desprovido de qualquer traço pessoal... 4. Que não reflete qualquer particularidade individual, anônimo.

    Pessoal = 1. Relativo a pessoa 2. Que é próprio e particular de cada pessoa, individual.

A.    Portanto, devemos usar o termo “Pai Nosso” e não o que estamos ouvindo muito no mundo religioso hoje em dia, “O Pai”, “vou falar com O Pai” e outras expressões assim que  deixa Deus impessoal. É como a diferença entre “a esposa” e “minha esposa.”

VI.    Que Está Nos Céus

A.    Devemos reconhecer que Ele está acima de nós, sobre nós, mais alto do que nós, que é soberano e etc. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55:8-9)

B.     Devemos entender que não estamos falando com outro homem “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa.” (Números 23:19)

C.     Devemos entender que ninguém manda em Deus. “...devíeis dizer: se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo.” (Tiago 4:15)

VII.  Reconhece a majestade, poder, e soberania do seu nome

A.    “O Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, tu que puseste a tua glória acima dos céus!” (Salmos 8:1)

B.     “Louvai ao Senhor. Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor... Desde o nascimento do sol até o seu acaso, há de ser louvado o nome do Senhor.” (Salmos 113:1 e 3)

C.     “Louvem eles o nome do Senhor, pois só o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e do céu.” (Salmos 148:13)

D.    “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra.” (Filipenses 2:9-10)

E.     Creio que frequentemente nossas orações não são respondidas por que estamos pedindo com egoísmo. Esquecemos ou ignoramos que Deus quer ser louvado e adorado, e isto deve ser feito antes de qualquer outra coisa, antes de nossas petições.

F.      Veja o que Tiago nos diz no seu livro:  “Cobiçais e nada tendes; logo matais, invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras. Nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” (Tiago 4:2-3)

VIII.  Fala Daquilo Que É do Interesse de Deus

A.    Seu Reino e não logo suas necessidades

B.     A vontade dEle na sua vida e na terra e não da sua própria vontade e desejo

IX.    Agora Vem a Petição

A.    Dá-nos o nosso pão (alimento) cotidiano (cada dia e não em abundância para muitos dias. Lembra-se dos israelitas no deserto que verdadeiramente viviam pela fé)

B.     Perdoa-nos as nossas dívidas... Lembra-se o que diz a Palavra de Deus: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3:23) Para a igreja João escreveu: “...Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado...Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (I João 1:7 e 9) Versículo 8 desta mesma passagem diz: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (I João 1:8) Ninguém pode dizer que não tem pecado, portanto a confissão de pecados deve sempre fazer parte de nossas orações. Paulo reconheceu sua condição: “Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu  o principal...” (I Timóteo 1:15) Se Paulo se achou nesta condição, pode ser diferente conosco?

C.     Assim como nós perdoamos nossos devedores. Veja como isto é condicional! Veja as referências a seguir:

   “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós, se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossa ofensas.” (Mateus 6:14-15)

   “Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.” (Mateus 5:23-24)

   “Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu vos perdoe as vossas ofensas.” (Marcos 11:25)

   “Antes sede bondosos, uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4:32)

   “Suportando-vos, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, fazei vós também.” (Colossenses 3:13)

D.    Não nos deixa entrar em tentação. Alguém disse: “Ninguém jamais cai no pecado; ele entra nele passo por passo.” Deus, por meio do seu Espírito Santo lhe ajudará e lhe protegerá, mas se você insistir em fazer o que quer Deus lhe deixará fazer e sofrer as consequências.

E.     Livra-nos do mal. Tem vezes que não temos condições determinar o que é e o que não é mal, mas pedindo sinceramente pela direção de Deus e tendo corações obedientes à voz e direção de Deus nós podemos escapar do mal que nos rodeia constantemente.

Alguém disse: “A maior tragédia não é as orações não respondidas, mas as orações que nunca foram oferecidas.”