>
 

Foco 3

Foco
Número 3

No novo pastorado, tendo no início mais tempo para orar e estudar o resultado foi a conversão de novas almas e um poderoso derramamento do Espírito Santo. Várias dezenas de pessoas receberam seu batismo do Espírito Santo durante os quatro anos que pastoreamos naquela cidade. Ficou claro que manter o foco era importante e rendeu grandes lucros para almas específicas e a congregação em geral.
Infelizmente, não são poucos os ministros (pastores) que não têm a visão de investimento no seu próprio ministério. Eles se acham tão importantes por carregar uma credencial, tão poderosos, tão habilidosos, que ao subir no púlpito e oferecer qualquer comida espiritual mal preparada basta, e jamais entendem por que as igrejas que pastoreiam sofrem, são doentes e mortas espiritualmente. Um poderoso ministro de anos atrás disse: "Quando há fogo no púlpito, haverá fumaça nos bancos". O fogo que o ministro necessita de ter para manter uma igreja saudável, viva, poderosa e que impacta sua cidade vem somente de Deus, e há de ser o resultado de horas de oração e profundos estudos da Palavra com a direção e unção do Espírito Santo que ocorre por causa da submissão a Deus que é a resposta direta de oração totalmente sincera e não meramente perfunctória. Caro ministro (pastor), você tem mantido o foco no seu ministério.
Jamais me esquecerei de um suposto pastor que conheci anos atrás. Ele teve a petulância de me criticar por fazer profundos estudos da Palavra e usar copiosas anotações durante a transmissão da mensagem. Ele me disse: "Quando chega a hora para pregar eu simplesmente abro minha Bíblia, aponto alheatoriamente para um versículo e dele prego." Confesso que fiquei ofendido e bem aborrecido, porém com grande pena do povo que tinha que sofrer com a falta pregações coerentes, ungidas e alimento espiritual saudável. Eu respondi um tanto rispidamente: "Irmão, eu dou graças a Deus que minha esposa não cozinha da maneira que você prega, pois caso acontecesse assim, viveria com uma constante dor de barriga." Imagine um cozinheiro pegando produtos alheatoriamente dos armários da cozinha sem noção de seu efeito na saúde dos consumidores, contudo acontece semanalmente em muitas congregações. Sim, estou falando ainda do foco.
Qual é o foco do trabalho do ministro? Seu próprio bem estar ou o bem estar da congregação que alega pastorear? O referido "pastor" mencionado acima gostava quando eu pregava para a congregação sob seus cuidados e por meio de uma ou mais pregações ungidas e dirigidas por Deus ganhava almas para a congregação, pois para ele a igreja era um negócio do qual ele lucrava, e tendo mais membros resultaria em mais dízimos para ele embolsar. Será que estou criticando cruelmente? Absolutamente não, e infelizmente ele não era uma peça única, pois tinha outros na época e há muitos atualmente que lucram com seu título de "pastor", aproveitando de forma enganosa o desejo sincero e profundo do povo para se salvar.
A passagem de Gálatas 6:7 continua sendo uma mensagem relevante para todos, inclusive o ministro da Palavra: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará." Pensar que Deus abençoará o pouco esforço, e a maneira relaxada que alguns tratam seus deveres ministeriais é realmente zombar de Deus, que jamais dará resultados satisfatórios para qualquer que seja. A obra da igreja exige investimento, e primeiramente deve originar com o pastor, cujo exemplo será subsequentemente seguido pelos membros. O foco do pastor resultará em um melhor foco da parte dos membros. Isto dará o desejado crescimento e expansão da igreja.

Philip D. Walmer
A ser continuado.