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A Arma Efetiva de Oração 2

Número 2 - Aproximar Humildemente

 

         Se a gente for chamada diante de uma autoridade do município, estado ou alguma autoridade de âmbito federal, há sempre um protocolo para seguir. Este protodolo em determinados ambientes é rígido, e o não cumprimento pode impedir a desejada audiência com a autoridade com a qual deseja falar. Notei que isto é principalmente o que deve ocorrer diante de juízes.

         Com relação à entrada diante de Deus em oração, é importante lembrar diante de quem está se apresentando. No Antigo Testamento há vários exemplos de pessoas que entravam diante de reis e outras potestades. Ao entrar era necessário dizer: "Ó rei, viva para sempre." Se tais coisas dominam entre os homens, quanto mais devem fazer parte do protocolo ao entrar na presença de Deus. Necessário é lembrar-se que Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Ele é o altíssimo, o todo-poderoso, onipotente, onisciente, e onipresente.

         Interessante é notar que na era do Tabernáculo no Deserto e posteriormente no templo, havia um lugar (O Lugar Santíssimo) reservado exclusivamente para a presença de Deus habitar. Apenas uma vez por ano o Sumo Sacerdote entrava, mas sempre com um protocolo de preparação, e caso não fizesse assim, seria morto pelo Senhor Deus.

         Jamais seja possível entrar na presença de Deus de qualquer jeito. Havia o caso do rei Uzias que começou reinar com apenas dezesseis anos. Conforme II Crônicas 26:4 "Ele fez o que era reto perante o Senhor..." Depois muito sucesso como rei o versículo dezesseis tem isto a dizer a respeito dele: "Mas, havendo-se fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar de incenso." Deus merece respeito, pois é o Soberano sobre toda a Sua criação.

         Sem dúvida o fariseu na história representado pelo versículo abaixo não entendeu por que o publicano, homem pobre, sem condições financeiras para contribuir muito à obra do templo e desprezado pela população por causa do seu ofício e trabalho, poderia sair da presença do Senhor justificado, enquanto, ele, fariseu, líder, abastado e etc. não recebeu o mesmo trato de Deus. Uma leitura de Lucas 18:9-14 logo mostrará a razão.   

         "O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado." (Lucas 18:13-14)

         Este versículo deixa claro quem pode chegar mais perto do Senhor. Como na parábola do fariseu e publicano, eu já vi pessoas pobres e desprezadas obter um relacionamento melhor com Deus do que outras que davam mais dízimo, tinham mais educação e etc. "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido." (Salmos 34:18)

         Seguem mais três passagens que ensinam o espírito e atitude que alguém que procura audiência com o Senhor necessita possuir.

         "Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus." (Salmos 51:17)

         "Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." (Tiago 4:6)

         "Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça." (I Pedro 5:5)

         Se alguém fosse ouvir as minhas orações, logo pensaria que sou o maior dos pecadores, pois entro na presença do Senhor confessando que sou pecador que almeja ser salvo por Ele. Poderia estar me arrependendo de coisas até desconhecidas que vieram habitar no meu coração. Eu sempre necessito o perdão de Deus, e entrar na Sua presença humildemente coopera para ter uma audiência significativa com Ele. Não esquece jamais que o Livro de Primeiro João foi escrito à Igreja. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (1:9) Sim, se os membros da Igreja confessam seus pecados... Que choque, mas é assim que Deus quer e o que Deus aceita e o que proporciona orações efetivas.

Philip D. Walmer